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Dia 22 de Julho de 2020
Por Dilson Fonseca
Vamos passar alguns minutos com Osmar Geraldo de Sousa, ferroviário e uma lenda viva da ferrovia, uma pessoa que incorporou o seu nome ao seu trabalho.
Osmarzinho diz que para ele ser ferroviário foi um orgulho, pois foi criado ao longo dos trilhos, o seu pai o senhor Otaviano Geraldo de Sousa foi ferroviário, trabalhador da turma de conserva perto de Camisão. Ele era responsável pelo pessoal da turma que cuidava da manutenção da linha.
Osmar nos conta como deu início esse seu apelido, ele diz que naquela época ainda não era chamada de Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) e sim Noroeste do Brasil (NOB). Onde naquele tempo não se proibia menor trabalhar então ele ia nas paradas dos trens passageiros para oferecer vários tipos de coisas como bolos, frutas em geral. Ai o pessoal gritava chamando-o de Osmarzinho da NOB. Pois naquela época para ele era uma honra trabalhar cedo. Ai depois ele começou a trabalhar no telégrafo vindo para Corumbá para substituir um colega de nome Heitor. Chegando em Corumbá em 1962 para ficar por três meses, "chorei para não vir e hoje choro para não sair". Na época o trem de passageiros saia de Corumbá-MS com destino a Bauru-SP às 4h da manhã. "(...)para se ter uma ideia tinha que sair às 2 horas da madrugada para atender as vendas de passagens. Depois que veio mudar o horário pra sair as 7 horas da manhã ai sim melhorou muito..." E Osmarzinho ficou por anos como responsável pela venda de passagens da RFFSA.
O nosso amigo ferroviário, disse que um fato que poderia ter se tornado uma tragédia ocorreu naquela época e que isso proporcionou a ele um elogio da direção nacional da RFFSA, elogio esse solicitado então na época pelo Supervisor de Via Permanente Delso Lourenço da Fonseca já falecido. Pois o fato foi que Osmar evitou a colisão entre o trem de passageiro e uma composição que escapou, onde ele recorda que estava vendendo passagem mais ou menos 7 horas da noite, o trem de passageiro vinha vindo de Urucum pra cá, ai todos apavorados e Osmar pegou sua moto TT e foi pela beirada do trilho até alcançar o passageiro e conseguir parar e evitar a colisão.
Outro fato que Osmarzinho da NOB não se esquece é que na época o encarregado senhor Melquiades Pauliquevis o colocou para ser encarregado na cobrança de frete lá onde atualmente funciona a Associação Comercial e o trem naquela época era o único meio de transporte e ele vinha de volta todos os dias com uma bolsa grande com valores de hoje de 100 mil 200 mil que era cobrança de frete todo dia vinha a pé até chegar na estação com todo esse dinheiro e chegava na estação para contar todo dinheiro com o chefe da estação com o subchefe enfim e quando dava certo 8h, 9h da noite a gente era liberado. E naquela época quem tinha um carro era o Senhor Fulano.
Relembramos um pouco a história de vida do nosso amigo ferroviário Osmar Geraldo de Sousa, Osmarzinho da NOB.
Fonte: Dílson Fonseca é Dilson Morais da fonseca,é historiador e professor.
Correio de Corumbá
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